terça-feira, 7 de setembro de 2010

Despedidas

Imagem da web

Quando das minhas horas resolvo fazer algo que possa resumir-se a linhas e vejo que tudo o que vem de mim, nestas mesmas horas, é ligeiramente louco e as minhas palavras ecoam pelos labritintos dos teus ouvidos e eu escrevo sem saber se isto terá um dia algum sentido para você porque sei que sou capaz de não fazer nenhum e ao mesmo tempo sou capaz de despertar em você o que há de pior e o que há de melhor, porque quando você me vê passar você sente que sou sempre assim, tão fluido e você acha que me compreende, mas tudo o que apreende de mim se esvai com tamanha facilidade e tudo o que interpreta de mim é o meu caminhar vacilante, as minhas palavras soltas, sem sentido, sem açúcar, sem afeto, sem um pingo de razão, mas que você desejava que fossem todas suas, que falassem de você, que te descrevessem e te revelassem nos teus piores defeitos e nas tuas manias e eu não teria coragem de fazer isso porque te magoaria e você esperaria de mim muito mais do que eu poderia te oferecer, então você continuaria ai com os teus sonhos, os teus planos bobos que me incluem, tecendo os fios das redes que te sustentam e você não teria agora a certeza se isso um dia terá fim e eu te provo por a mais b que tudo que tem início também acaba e pode acabar de qualquer jeito, sem deixar cartas de despedidas, sem desculpas e sem mais demoras eu te digo que as coisas devem ter um ponto final agora, aqui, com uma única palavra que possa resumir tudo isso: Adeus.

6 comentários:

lilly disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lilly disse...

nossa profundo deu pra sentir o adeus daqui rs
bjos

Paulo Francisco disse...

Nossa! Palavras duras... um ponto final com uma única palavra. Adorei o texto. Obrigado pela visita no cores-e-nomes.

Leandro Luz disse...

Assim é melhor.
De uma vez por todas.
O 'adeus' deve ser como puxar um esparadrapo dos pêlos. Quanto mais lentamente, mais sofremos.

=s

Paulo disse...

Querida...

Muito obrigado pela sua visita ao BAR DOS NAVEGADORES, onde você será sempre bem-vinda.

Seu blog é muito lindo e elegante. Seus textos são profundos... Adorei!

Despedidas são sempre doloridas... As temporárias dão-nos a esperança de ver a pessoa novamente, um dia, porém, as definitivas são como mortes... E a morte é a única coisa que não tem significado na mente humana, por isso é tão difíceis de aceitar, e só o tempo pode apagar, mas sempre acaba deixando marcas... Mas a vida é assim mesmo. Somos como peregrinos nessa vida, encontramos pessoas pelo caminho, e perdemos elas também durante a caminhada...

Nunca aprendi a dizer ADEUS, e é tão dura essa simples palavra. Mas sei que, às vezes, é inevitável.

Muito obrigado pela reflexão. Seu texto é lindo.

Gostaria muito de vê-la na lista de meus amigos "Navegadores" (seguidores), para que ela fique mais linda.

Estou te seguindo...

Um beijo gostoso...

Marcello Lopes disse...

Oi moça

A despedida é sempre dolorosa, sempre nos deixa cicatrizes e profundas impressões.

Adorei seu texto.

Beijos