quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu...

Que vago solitária e desperta, hoje sou mais que o tempo que carrego sobre os meus ombros. Eu que sempre fui ágil e ruidosa como um trovão, agora sou suave como o vento. Eu que, noite sim, noite não, sou tempestade, agora calo o meu brado e ouço o som interior...

sábado, 26 de junho de 2010

Allegría



Allegría
Cirque Du Soleil
Composição: René Dupéré


Allegría
Come un lampo di vita
Allegría
Come un pazzo gridar
Allegría
Del delittuoso grido
Bella ruggente pena, seren
Come la rabbia di amar
Allegría
Come un assalto di gioia

Allegría
I see a spark of life shining
Allegría
I hear a young minstrel sing
Allegría
Beautiful roaring scream
Of joy and sorrow, so extreme
There is a love in me raging
Allegría
A joyous, magical feeling

Allegría
Come un lampo di vita
Allegría
Come un pazzo gridar
Allegría
Del delittuoso grido
Bella ruggente pena, seren
Come la rabbia di amar
Allegría
Come un assalto di gioia
Del delittuoso grido
Bella ruggente pena, seren
Come la rabbia di amar
Allegria
Come un assalto di gioia

Alegría
Como la luz de la vida
Alegría
Como un payaso que grita
Alegría
Del estupendo grito
De la tristeza loca
Serena
Como la rabia de amar
Alegría
Como un asalto de felicidad

Del estupendo grito
De la tristeza loca
Serena
Como la rabia de amar
Alegría
Como un asalto de felicidad

There is a love in me raging
Alegría
A joyous, magical feeling

terça-feira, 22 de junho de 2010

Das minhas noites de insônia

Em noites de insônia, de maneira um tanto despretensiosa, às vezes acontece de sair uma poesia que diz assim:

Eu gravo o teu olhar ao partir,
Eu me armo e me preparo pra te ofender,
Te ferir, te enlouquecer se você resolve ir.

Daí quando você vai eu me desfaço,
Destruo em mil pedaços o porta-retrato
Da sala de estar.
Eu acabo com tudo, com a casa inteira,
Mas me entrego tão faceira se você diz que quer voltar.

Então se você volta, com amor eu abro a porta,
Eu cozinho com alegria.
Porque sem você eu sou só tristeza,
Sem você eu não dou um passo,
Sem você eu não passo da mais pura melancolia

domingo, 20 de junho de 2010

Nunca amei Saramago

É assim que começo esta postagem, chamando atenção para o seu título: "Nunca amei Saramago".

Apesar de minhas publicações neste blog nem sempre serem autobiográficas e muitas vezes falarem de situações possíveis, porém não reais ou vividas, esta fala exatamente a realidade: Nunca amei Saramago.

Não fiz esta postagem para enaltecer suas virtudes literárias, tampouco citar episódios de sua vida. A verdade mais pura é esta: não li "Ensaio sobre a cegueira", não aprecio seu estilo de prosa, neste momento não presto condolências, tampouco publico isto para depreciá-lo. Apenas nunca amei Saramago.

Se a dúvida bater às suas portas ao verem o blog do falecido escritor citado nas minhas recomendações, esclareço-vos dizendo: Leiam. Leiam para saber o que gostam e o que não gostam, leiam criticamente, não de maneira leviana. Apreciem se quiserem apreciar, mas não depreciem, apenas deixem em paz aqueles que já se foram. Leiam por questão de informação, por questão de reflexão... Leiam tudo o que puderem ler, independente de ser ou não Saramago, leiam para afiar a mente, para afiar a língua, leiam sempre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Espero-te



Espero-te.
Espero-te para
juntos subirmos uma
árvore qualquer de momentos doces,
Para que juntos descasquemo-los,
Para que juntos possamos saboreá-los.



domingo, 13 de junho de 2010

Meu Baú


Há tantas coisas no meu baú... Meus brinquedos da infância, meus livros e coisas de menina. Há tantas poesias nunca escritas, tantos desenhos e pinturas mal feitas, mas que refletem um estado de espírito torpe e juvenil. Há tantas cores, há céus pintados de azul, branco e ocre, céus de dias nublados e céus cor anil também. São os céus feitos a dedo, nos quais reservo um espaço para fazer voar os versos meus. E as minhas bonecas? Ah, aquelas que minha mãe disse que não daria porque eu sempre quebrava todas... Elas estão lá... quebradas, sim, é verdade. As fotografias das viagens, o gosto do pão português, os bilhetes do metro e os discos do Chico Buarque. Está tudo lá... Os beijos que eu dei e recebi, há também aqueles que prometi e não cumprirei jamais. As crianças que corriam na praça, a rita com o cachorro, aquela que brincou com o meu cabelo enquanto eu lia um livro em espanhol, sentada no banco. Há alguns filmes que pedi emprestado e nunca devolvi, mas faltam no meu baú os meus livros que me pediram emprestado e nunca devolveram... As músicas em francês que eu não entendi, mas aplaudi. A comida dos chineses, os passos de dança e o entrelaçar das pernas... Está tudo lá. Na presença ou na falta de estarem sempre vivas as lembranças, queimando no fundo do baú das minhas memórias... Está tudo lá.

Imagem: Foto concebida para o Mercado Mundo Mix-2009, Castelo de S. Jorge, Baú dos Sonhos de José Almeida e Maria Flores em http://www.fourhandsphoto.com/apps/photos/photo?photoid=51730852

sábado, 12 de junho de 2010

Paz



Não basta-me a paz que é feita da falta de uma tempestade ou tormenta. Há paz maior que vem daquilo que fizemos pelo simples fato de sabermos que era exactamente aquilo que deveria ser feito.

Imagem: Adrift in Dreams de Karl Bang

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ouça


o meu chamado...

imagem: www.imotion.com.br/.../media/71/7995sereia.jpg

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A alma do juá

Hoje a alma veio à casa,
Veio de visita,
Pôs-se a entrar.
Hoje a alma veio à casa com seus passos,
Coisas de arrepiar.

Dizem as crianças que a viram
Toda de vestido no quintal,
Estava sentada sob a árvore
Que era do falecido general.

Não falou com ninguém,
Apenas pôs-se a passar
Deixando um frio na casa
Da velha viúva do Joá.