terça-feira, 19 de outubro de 2010

Poesia de Abandono

Eu indo embora, amor.
Depois do que você me fez não dá pra ficar,
Eu te dei casa,
Eu te dei cama,
Eu te dei tudo pra você me amar.
Eu já fiz as malas,
Não adianta me pedir pra voltar.
Eu indo embora, amor.
Depois do que você fez não dá,
Eu levando embora tudo o que te dei,
Vão comigo as mágoas,
As minhas horas e todas as histórias que te contei.
Pra você não deixo nada,
Porque de tudo que te dei nada sobrou
Eu indo embora, vou agora, sem demora,
E quem sabe eu encontre algo melhor
Nos braços de outro amor.


Alguém me faz uma poesia em forma de samba. Desculpem se parecer triste, mas eu ando com essa temática de abandono, ela sempre rende muitos versos. A poesia "A nossa casa" foi feita com a mesma temática. Bom começo de semana pra vocês!

5 comentários:

ORANCI MORAIS disse...

Gostei dessa poesia...Gosto de poesias assim...simples, mas que falam direto ao coração!!
Mas eu fiquei mesmo feliz em saber que gostou dos meus dois blogs,
obrigada pelos elogios, fiquei mesmo contente com o que falou.
Um abraço menina e apareça sempre que puder.

Kaiser Soze disse...

Sim,
Deve haver o perdão
Para mim
Senão nem sei qual será
O meu fim

Para ter uma companheira
Até promessas fiz
Consegui um grande amor
Mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus
Os braços levantei
Blasfemei
Hoje todos são contra mim

Todos erram neste mundo
Não há exceção
Quando voltam a realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira

(eterno Cartola)

Marcello Lopes disse...

Oi moça.

Muito bom, eu também estou curtindo um abandono..rs

E realmente ele rende muito...

Beijos

lilly disse...

Nossa isso lembra tanto meu último namoro e todas as coisas que me fizeram desistir dele e seguir sozinha...
nada mais a dizer hoje tou meio triste
bjos

Mar disse...

Bem, escafandristinha, ao colocar esse poema lindo, você conseguiu mover corações profundamente ligados à temática, começando do seu próprio. E poesia é movimento de algo dentro de nós, desarrumação e nova arrumação [às vezes a desarrumação é mais longa...]. A Rafaelle escreveu, sem qualquer dúvida, uma letra muito usada pelo samba como muito usada por outros dois estilos musicais. Mas eu prefiro classificá-lo como um grande poema, uma grande obra literária! Muito autor renomado procura simplificar-se para escrever um poema tão tocante, tão real, e não consegue. A grafia, os termos, as construções, é tudo impressionantemente autêntico e belo. Gostei demais.
Um abraço carinhoso
Lello