domingo, 18 de dezembro de 2011

Mulher do mar

A escafandrista

Quem pode prever
E dizer que a vida
Não será aquilo que se quer?


Quem pode compreender
E dizer dos segredos
Sob os cabelos dessa mulher?


E a força contida na trança
Que prende e, quando bem entende,
Arranca do peito o mal-me-quer.


Quem pode contar no tempo
As voltas que a vida dá?
E querer dizer-se amada,
E querer voltar a amar?


E quem vê a alegria
No olhar de criança,
Que não se vê sob a trança
De uma mulher do mar.

8 comentários:

Liza Leal disse...

Gostei do toque de esperança junto a imagem da trança.

Dsde já desejo Um Natal abençoado a ti, menina Escaf!...

bjo
=)

ACONTECE disse...

Sempre inspirada... Belas palavras, sua poesia é delicada e doce... Adoro!!!

Sândrio cândido. disse...

lembrou-me a adelia prado neste poema
gostei do ritmo e da imagem do mar com a mulher fundindo-se
abraços

Mimimi disse...

E quem pode responder essas perguntas?

Bjs

Marcelo R. Rezende disse...

Que mulher gostosa, parece uma das mulheres danadas de Jorge Amado.
Amei.

Beijão.

Unknown disse...

Uma sonoridade tão marcante quanto a leveza das palavras.
Tenho gostado muito dos seus escritos!
\o/

Nilson Barcelli disse...

Gostei do poema.
E da trança...
Beijos.

Breno Callegari Freitas disse...

Nossa... lindas imagens. Palavras suaves muito bem encaixadas, não sei se foi proposital mas percebe-se uma boa métrica (irregular mas encantadora). Não sou muito de me encantar com terminações abertas, mas gostei das palavras utilizadas e o ritimo da leitura colabora para ser tão perfeitinha! Bjos