sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tanto tempo

Estranho te encontrar todo dia
Falarmos sobre as novidades,
Sobre o tempo que passa,
Sobre um frio que embaça o meu retrovisor.

E chegar mais um final de semana
E ter novos pares para os lábios,
Novos santos diários,
Para adorar sem pudor.

Imagem da web
Estranho falarmos sobre o tempo,
O mesmo tempo que nos separou.
Estranho termos errado tanto
Tentando recuperar esse tempo que passou.

Eu te vejo ir,
Te deixo as portas abertas
Se quiseres voltar.
Tanto tempo que passou,
Tanto tempo não acabou
Minha vontade de te reencontrar.

Estranho te ver aqui
E gastarmos o tempo no elevador
Falando de coisas banais
Enquanto já não somos mais
Aquele casou que se amou.

13 comentários:

Franck disse...

Qto tempo não passava por aqui... Como sempre, sua sensibilidade me encantando!
Bj*

Marcelo R. Rezende disse...

Absurdamente lindo e doido pra mim.
Fico encontrando ele nos elevadores cibernéticos e finjo uma banalidade estética. Loucura.

Um beijo em você.

Sândrio cândido. disse...

Absurdamente estranho e belo
Abraços

Hélia Barbosa disse...

Tão estranho e dolorido dizer "bom dia" quando se quer dizer "ainda te amo"...

Lindo demais!

Beijos!!

k. disse...

Conheço muito bem essa estranheza.. É foda, rs.

Adorei o jeito como voce escreve. Beijos.

Rosamaria disse...

Quem nunca passou por isso.
Estranheza dificil de lidar.

Gostos dos seus textos, penso, como essa guria lê sempre meus pensamentos...

Boa semana
Beijos

Leandro Luz disse...

Esqueci de te contar.
Eu vi Chico Buarque de Hollanda na minha frente semana passada!
:)

Valeria Soares disse...

Bom demais!

Tenha uma bela semana!

Thales Nascimento disse...

De uma sensibilidade incrível!! Concordo com alguns comentários, lindo e absurdo. Quem nunca se sentiu assim? Quanto podemos dizer sobre!!!

"Por que sofremos tanto por amor? Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional"...
Carlos Drummond de Andrade

Beijin!

Liza Leal disse...

Olá menina poeta!
Visitando tua ksa de encantos.

deixando bjo de bom dia...

=)

Rafaelle Benevides disse...

Gente, que comentários lindos, obrigada! E Leandro Luz me maaaata de inveja! Também quero ver Chico Buarque! hehehe

Ivan Bueno disse...

Que belo mergulho no tempo que é sempre tanto quando se espera e pouco quando não se quer partir. Coloquei meu escafandro para mergulhar. Consegui até imaginar uma música, um samba leve, cantado na voz de Chico. Ele, aliás, de CD novo, deve sair em turnê em breve. Imperdível!

Beijo grande, mergulhadora.

Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com

Liza Leal disse...

Oi menina!
O texto é tocante.
Qdo o destino muda o rumo de nossas vidas, consequentemente crescemos e nos tornamos + fortes,
apesar e SEMPRE.

bjo de luz
=)