Bailam os versos meus
Por entre as ruas desta cidade lírica.
Enquanto dormem seus cidadãos,
As imagens oníricas percorrem os labiritos da mente,
Soltos, órfãos de pai e mãe.
As palavras inundam as bocas que,
Aflitas, ousaram pronunciar a essência daquilo
Que nunca foi nem nunca será.
Repousam sobre palavras no papel
Em preto e branco
Enquanto chove.
E a chuva leva embora as palavras.
Escoam pela rua os versos
Que um dia foram deixados nos muros das casas, incompreensíveis.
Em grandes painéis espalhados pela cidade
Contam-se palavras que não são de ninguém.
Os meninos dormem, as palavras bailam,
Enquanto uma poesia insana amanhece
Sobre a grande selva urbana.
7 comentários:
Poesia do horror.
Uma tristeza só.
Beijo.
Texto e imagem fortes.
Parabéns!
É a única poesia deles, que ainda não podem falar, mas se expressam e você as tomou emprestado. O sentimento deles aqui, para nós, os "bem aventurados".
Me fez lembrar Gentileza...Beijo, amiga.
Intenso e verdadeiro.
Lindo e triste.
Um beijo!
Boa viagem!
nossa, isso é raro!
hahahaha
estou seguindo, mas quase nunca entro no blogger. nossa. to impressionada ainda!
um beijo
E houve um grito no meio da noite e ele não era meu.
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