quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quando eu volto do mar

Imagem: O--tebem--o


Eu poderia dizer que desisti.
Mas não, eu não sou assim.
Eu não sou alguém que mergulha
e volta de mãos vazias.
Eu poderia dizer que vou embora,
que não aguento mais,
que não suporto mais o som da sua voz,
mas eu estaria mentindo.
Eu poderia dizer que me arrependi,
que me doei demais,
que saí perdendo, mas não,
eu não sou assim.
Porque eu sou alguém que mergulha
no mais profundo da alma
e encontra lá no fundo um motivo para continuar.
Eu sou alguém que escreve poesias como quem doa pérolas,
as pérolas que encontra lá no fundo... 
Eu sou alguém que guarda flores no armário
e veste-as todas as manhãs.
Eu sou alguém que coleciona sonhos.

5 comentários:

Cristiano Guerra disse...

Lindo! Nesse me identifiquei bastante, principalmente com sua alegoria de doar pérolas. E não hátnata nescessidade de se empenhar na prosa, já que você é tão boa na poesia. Agradeço sua passada lá na oficina ;]

Fátima disse...

Que continues assim, com tua intensidade de sentimentos.

Grata pela visita.. já fiquei por aqui.

Beijos meu

Letra e Melodia...Arte! disse...

Muitas vezes somente isto basta, resistir e pintra uma figura mais bela, independente da moldura à qual ela pertence.

Sandra Rodríguez Burgos disse...

Gústame moito a túa poesía.

Anônimo disse...

porque qdo se decide estar aqui, qdo se decide viver..vivemos apesar de tudo, ou apesar de nada...este foi profundo Rafa, os galhos lá fora se agitaram...bjo