Quisera descansar meus olhos,
Descansar o peito e a boca
Da vertigem que causam as ondas
Enquanto o mar é só ânsia.
De volta ao cais eu reconheço o teu rosto
Como o cão que reconhece o dono
E logo arqueio meu corpo em tua direção
E não te beijo.
Faço então o retorno ingrato
Daquilo tudo que poderia ter sido
E perdeu-se nas margens dos rios
Das minhas poesias profundas e tolas.
Eu despeço-me de ti sem largar as malas,
Dando as boas vindas à nova vida
Que chega revestida de amor e vaidade pouca
Com os olhos brilhando e pérolas nos cabelos.
5 de agosto de 2011, Fortaleza, Ceará, Brasil.
9 comentários:
O vai e vem do amor, tem lá suas ânsias, é fato. Ondas nos derrubam, mas saímos com o gosto inesquecível do sal... É a luta limpa do bom combate! E ainda surgem criações magníficas, e nada "tolas", como seus poemas, querida!
bjok de luz
Obs:
Se quiser ouvir minhas músicas, mande-me seu e-mail, please!
=)
Amo poesias de adeus, assim como as de início. Nunca fui muito fã sobre o que está no meio. Lindo poema, guria!
A ela que despede-se do autor
Despe-se as palavras a um qualquer
As ondas se debatem no abater do cais.
Voltam e me ignoram
Desejando o meu infortúnio,meu fim
Carentes, dementes salivas salgadas de mar
Batem em meu rosto os verbos aos ventos.
Sua poesia de rio, de tudo se foi
Deixando nos olhos de brisa a carga escondida do limo
Quão ingrata retorna a sereia de pérolas desperdiçadas
Versos que se perderam no tempo de mim...
Desculpe a falta de modos, também podes encontrar outro poema de mar e cais por aqui http://bestiariovirtual.blogspot.com.br/2012/01/lamentos-de-capitao-greenfell.html
Um cordial abraço, amiga!
Lindo texto. Mais uma vez perfeito!!!
A partida dói, mas por vezes se faz preciso!!!
Bjos!!!
Muito lindo!
Beijos!
Partida, mesmo?
Brincadeira. Vocé mora na minha idea?
http://www.youtube.com/watch?v=rKQSYfQJqXQ
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