A Escafandrista |
Tomou um último gole de vinho. Ouvia-se o coração bater ao longe, como se dentro do peito soasse um relógio antigo, badalando, como um sino de uma igrejinha daquelas no interior. O peito era cela em que rebelava-se, prisioneiro, um coração desejante. Apesar de tudo, restava ainda, no terreno fértil das lembranças, no gosto doce da boca, a esperança que banhava aquela tarde com as cores de um verão quase febril e passageiro.
15 comentários:
Um relógio antigo, de descompassa as emoções. Bate mas não se liberta ao mesmo tempo que anda vivo, bate.
Gostei do texto.
Adorei a frase: ¨O peito era cela em que rebelava-se, prisioneiro, um coração desejante.¨
Um beijo.
Linda reflexão, Thiago!!!
Paulo, a frase que vc citou, veio lá do fundo do coração mesmo! rs
Depois de ler as citações acima me pergunto. Por que ñ deixar livre esse coração? Não gosto da idéia de prisão... q pretensão a minha, intrometer no q escreves, rs...tlz por acreditar q amores são sempre possíveis. Bjãooo.
Oi, Cris. Obrigada pelo comentário.
O coração prisioneiro do peito, só uma figura de linguagem... mas o peito pode ser cela, casa, baú, catedral... acho que tem signififcados diferentes para cada um.
Acabei de ouvir que essa poesia era a descrição de um orgasmo! rs É isso, depois que se escreve a poesia, ela é de quem lê...
Bjs a todos!
NOssa
Bem reflexivo
Adorei, belas palavras, sábias!
Vou te seguir, bjs
S poder me seguir tb, agradeço =D
"O peito era cela em que rebelava-se, prisioneiro, um coração desejante."
Um coração cerrado por um sentimento oculto, e refrescado pela distância das lembranças...
Um belo texto, sem dúvida alguma. Teu blog também foi adicionado!
beijo.
Oi !
Obrigada pelo super elogio ... :)
Mas seu blog também é super legal , tem textos maravilhosos.
Te Sigo com Alegria.
Bjo Grande.
Desejei uma tarde assim: blues, relógio quase parando, coração pássaro no peito, goles de vinho e um desejo latente presente...
Bjs*
Que lindo!!! Amei.
É... vc tá certa Rafa, depois que se escreve a poesia, ela é de quem lê...
Bjãoooo.
Belissimo texto.
Passei e que bom!
.
Saudades de ti e dos teus escritos, Rafa!
Apesar de tudo, sempre fica na boca o doce sabor da esperança.
Uma outra tarde, um outro vinho, um outro verão... o mesmo coração. (será?)
Somos seres contraditórios por natureza, nunca podemos saber o que sentiremos amanhã. E é bom que seja assim, pois nenhum sofrimento será eterno.
Beijos, dona encantada!
.
.
Grato pelo comentário, e parabéns pelo seu blog, é realmente muito bom. Abraços!
Postar um comentário