“O Escafandro e a borboleta” é um livro de Jean-Dominique Bauby, nascido em 1952, redator da revista Elle na França. Bauby foi vítima da síndrome locked-in, síndrome do encarceramento, que o deixou paralisado quase que por completo e comunicando-se através do olho esquerdo, a única parte do corpo não afetada pela paralisia.
Através de uma forma de comunicação bastante precária, lenta e cansativa, Bauby escreve o livro em que relata sua experiência de ter entrado em coma, de perder a autonomia de seus movimentos, de passar de uma vida cheia de afazeres no qual ele ocupava uma posição profissional relevante a uma posição que ele compara a de um “bernardo-eremita sobre o seu rochedo”.
Através da possibilidade de comunicar-se, usando apenas o olho esquerdo, Bauby vislumbra a possibilidade de uma vida vivida em sonhos, em pensamentos. A comparação entre o corpo e a mente é feita através do escafandro, como algo pesado, que impossibilita o movimento, no qual o escafandrista vê-se aprisionado, e o pensamento como a borboleta, que vagabundeia livremente, leve, numa existência frágil.
(...) O corpo ganha nova configuração, novo sentido. Há um sentido médico do corpo como a expressão da doença, da paralisia. O corpo, neste caso, muitas vezes é visto como impossibilidade de realização. E há outro sentido também para o corpo, como o corpo que ainda mantém a vida, o corpo que permite a observação do mundo agora com maiores detalhes, um corpo que em sua impossibilidade de movimentar-se, permite uma re-significação da percepção da realidade.
O livro de Jean-Dominique Bauby tornou-se um sucesso traduzido em mais de trinta países e virou filme, chamando a atenção de jornalistas no mundo todo em 1997, quando faleceu seu autor".
O texto acima é uma das atividades acadêmicas da discplina de Psicomotricidade do curso de Psicologia na Universidade de Fortaleza, vetada a reprodução.
Um comentário:
Meu Deus ! Que prova para esse cara,hein????
E o filme sobre a vida dele, você sabe o nome ???
Grande beijo moça.
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