Contavas-me na infância
Histórias de teus olhos brilhantes,
De travessuras e instantes
Que não existem mais.
Tens agora os olhos mudos.
Tens, desde já, as tuas horas secas
Os olhos violetas,
Frios e senis.
Bailam as cores
Dos olhos teus
Nos versos meus
Como os barcos bailam no cais.
Tens agora os olhos mudos,
As horas secas,
Os olhos de cor violeta
Que já não se iluminam mais.
Dedicado a Violeta do Lago Costa, cujos olhos já mudos ainda testemunham os meus dias.
Um comentário:
A beleza pode ser muito triste
Na verdade, boa parte das vezes é assim
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