quinta-feira, 31 de março de 2011

Descanso

Tell me something sweet...





Meu povo, eu preciso de descanso!
Volto a postar poesias em breve...






P.S.:Adoooooro os comentários de vocês! Ainda estou respondendo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Leve-me

The Countless Days of Summer
Sinto-me leve agora. Estupidamente leve. Leveza é palavra boa de dizer, mas leve pode ser uma palavra, um dia, até uma ofensa pode ser leve. Mas não há espaço para isso agora... Sinto-me leve. Leve, não sinto vontade de explicar nada. Leve, não pretendo convencer ninguém de nada. Leve, tão leve... quem diria, ando até dormindo bem. Leve me lembra uma música boa também... "tô cansado de esperar que você me carregue". Vamos fugir.

Palavras para os que mergulham

weheartit

O que almejam aqueles que escrevem?
Do escafandro eu vejo palavras que bailam
Como barcos sem rumo,
Vagam perdidos sem destino.
O que almejam aqueles que escrevem?
Queimariam seus próprios barcos,
Suas próprias cartas,
Suas palavras seriam em vão?
Custo a acreditar.
Palavras não são em vão,
Palavras são salvação
Para os que mergulham...

O que almejam aqueles que escrevem?
O que almejam aqueles que mergulham?

sábado, 26 de março de 2011

Instintos incertos

Imagem da web
Aqui faz primavera em cada parte,
Antecipam-se palavras a florescer.
Colho-as no calor da tarde,
Semeio-as no amanhecer.

Nos dias em que tudo são versos
Desconheço tudo, ouso escrever.
Sirvos aos meus instintos incertos
Sem hora para ir ou permanecer.

Nestes dias sou incorreta,
Não calculo hora nem dia.
Esqueço que sou poeta,
Penso que sou poesia.





Poesia semeada para ver se floresce até a próxima postagem, escafandristas. Até mais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Voar


 




 
Estou farta dos discursos rasos. Farta daqueles que reclamam, chegam até a poetizar em suas filosofias (também rasas), dizendo-se baseados em Nietzsche, Heidegger, Sartre. Estou farta de tanta teoria para viver e tão pouco tato para a prática. Deixem os filósofos descansarem em paz. Deixe que a poesia descanse viva ou morta, não a procure. Deixe que ela te encontre e, te encontrando, deixe que te surpreenda. Siga o fluxo natural das coisas, dance conforme a música e pare de se lamentar da vida que não teve, do dinheiro que não ganhou, do amor que não recebeu. E o tal "aqui e agora"? É o que se tem, de fato. Então permita-se ter a vida que quiser ter, ganhar e perder dinheiro (perder faz parte também) e, acima de tudo, permita-se dar o amor que gostaria de receber. E mais tarde, chegando a derradeira hora, poderá talvez arrepender-se do que fez, porque viveu. Só os covardes arrependem-se daquilo que nunca tiveram coragem de fazer, da vida que não ousaram ter, do dinheiro que não arriscaram perder, do amor que tiveram medo de dar. Ouse tecer suas próprias asas e voar.

terça-feira, 22 de março de 2011

Razões para acreditar

"Reasons to believe"

Baseado num estudo realizado em 2010 sobre a situação atual do mundo:

  • Para cada pessoa que diz que o mundo vai ficar pior, 100 casais planejam ter filhos;
  • Para cada corrupto, existem 8 mil doadores de sangue;
  • Enquanto alguns destróem o meio ambiente, 98% das latinhas de alumínio já são recicladas no Brasil;
  • Para cada tanque que se fabrica no mundo, se fabricam 131 mil bichos de pelúcia;
  • Na internet AMOR tem mais resultados que MEDO;
(...) EXISTEM RAZÕES PARA ACREDITAR. OS BONS SÃO MAIORIA.



sábado, 19 de março de 2011

Formas no caos

"As palavras são pequenas formas no maravilhoso caos que é o mundo. Formas que focalizam e prendem idéias, que afiam os pensamentos, que conseguem pintar aquarelas de percepção".


- Words are small shapes in the gorgeous chaos of the world. But they are shapes. They bring the world into focus. They corral ideas. They hone thoughts. They paint watercolors of perception.

- A Natural History of the Senses‎ - Página 7, de Diane Ackerman

sexta-feira, 18 de março de 2011

Senescência


Imagem de Francine Van Hove

Eu, cansada de ser santa, adormeço sobre os pecados que escrevo nos meus cadernos de poesias. As horas desenrolam-se umas sobre as outras, misturando-se, como se não fizesse mais diferença se são três da tarde ou cinco horas. O relógio badala no mesmo tom todos os dias. E as velhas dão milhos aos pombos nas praças, os homens jogam e bebem, as crianças gritam lá fora. E eu aqui, escrevendo poesia. Eu que, lasciva, perdida na noite vagueio. Eu que em horas tortas sou saudades. Eu que sou assim tão livre, faço-me de palavra escondida, cruzada, palavra errada, sou errôneo devaneio meu. Eu que já não sou quem sei, mas o que sinto é puro delírio poético, vaidade lírica, desejo ardente de riscar as paredes com versos e deixá-los lá para que todos vejam, como um amanhecer que se mostra àqueles que tem sentidos para ver e ouvir. Afecção. Penso sobre isso. E sobre deixar-se levar pelo mundo, como folha ao vento, onda no mar, barco à deriva. E deixo-me entregue ao vento, às ondas, às saudades, às poesias de Cecília Meireles, às imagens realistas de Van Hove. Afeto-me e escrevo, pois de outro ofício eu não daria conta a estas horas em que tudo é mera ilusão de saudades de uma velha (menina) senil.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Laço


Imagem da web



"E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!"

Castro Alves



Padece de mal desconhecido, dizem os médicos. É coisa da cabeça, só pode ser. Emudeceu, depois não falava coisa com coisa, ficou assim de repente: olhos vidrados para o nada. Não dorme, não come, nem água quer beber, fica falando coisa que ninguém entende, que só ela que vê. E fala que só, viu? Fica ai olhando o movimento das coisas, das pessoas, mas não parece ligar-se a nada. Procuram o laço que Cecília perdeu, o laço que a unia à realidade. Dizem que andava lendo livros estranhos, poesias, filosofia, fazia mergulhos no próprio inconsciente. E parece que de um desses mergulhos ela voltou assim. Catatônica, bestificada. Nem todo mundo consegue voltar bem dessas coisas, é o que dizem. É perigoso encontrar-se consigo mesmo, ninguém sabe o que vai encontrar nas próprias profundezas. Tem gente que diz que, por dentro, Cecília está lutando para retornar. A mãe só reza e chora, reza e chora, reza e chora. Também, é filha única da coitada. Quem diria que a Madalena tão religiosa, tão crente em Deus, ia ter uma filha louca?

(...)

No mais profundo mergulho que já fizera, Cecília regozijava-se, como quem sonha de olhos abertos, com o universo que criou para si. Universo azul, fluido, profundo e doce. E ficou conhecida naquela cidadezinha do interior como "Cecília (filha da Madalena), a menina que sonhava de olhos arregalados".

terça-feira, 15 de março de 2011

Por amor à Fortaleza

Fortaleza,
Bandeira de Fortaleza
Meus olhos perdem-se no teu mar
E em meio às tuas ondas,
Verdes como esmeraldas,
Minha alma põe-se a cantar.

Fortaleza,
Tua brisa move os meus cabelos.
Como tuas dunas,
Movem-se meus anseios de em ti repousar.

Fortaleza menina,
Fortaleza de José de Alencar.
Fortaleza crescida,
Teatro José de Alencar
Das ruas do centro e da Beira-Mar.

Aqueles que te amam
Não ousam te deixar
E aqueles que se foram
Só sonham em poder voltar.

Fortaleza da minha infância,
Terra da Luz, do vento e do mar,
Terra minha, querida,
O sol do meu Ceará.




Pessoas, adorei Pernambuco, mas eu voltei com saudades da minha Fortaleza!!!!!
Cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil.


Imagens da web

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia Nacional da Poesia

14 de março - Dia nacional da Poesia


Não poderia deixar de postar neste dia tão especial. Ainda estou recuperando-me do último mergulho, escafandristas. Foi meio "profundo demais" e voltei doente. Mas foi um mergulho maravilhoso na poética cultura pernambucana.

Hoje tenho que dar os parabéns aos novos e antigos poetas que blogam e fazem a poesia renovar-se a cada dia através da blogosfera. Meus parabéns a vocês que estão construindo os novos rumos para a multiplicação da poiesis, da poesia enquanto ofício, enquanto arte.

A minha sugestão a vocês é o blog do poeta paulista/pernambucano que conheci no Recife este mês de março, o Thiago Alex. O blog dele já esta na minha lista de favoritos ai ao lado direito, mas vocês podem conferir por aqui.

Abaixo, com autorização do autor, a poesia.

Missão


A Elizabeth

A obrigação de ver-te uma vez ao dia,
ao menos, é remanso para meu sossego
e sinto a vida plena de alegria,
É meu jardim, um sonho, vida, aconchego.
É um raio de luz que aquece, irradia
tudo que amo, que anseio, o que vejo.
Com os olhos te beijar é a fantasia,
te acarinhar com os lábios o desejo.

Heresia é esquecer, o sagrado ofício,
de te amar plenamente a toda hora
como fazem os sem alma os sem juízo.
Não só porque tua presença é o meu vício.
É porque também me mata, me apavora,
não legar pra eternidade teu sorriso.



Thiago Alex (agosto de 2010)

sábado, 12 de março de 2011

Anunciação

Alceu Valença



Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Pra brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal...(2x)

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...

A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais...

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...

 
 
No Marco Zero, Recife, Pernambuco - esta música marcou. Linda!!!
Gente, devo postar poesias novas em breve. Boa noite a todos!!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sete coisas sobre uma escafandrista

Esta publicação é uma continuidade da postagem anterior, como regra de recebimento do selo, mas achei que poderia ser uma brincadeira interessante essa de falar aqui sobre coisas que normalmente os leitores não saberiam. Então estas são as sete coisas que pode-se saber da escafandrista que vos fala:

1 - Nasci em 1987;
2 - Comecei a escrever poesia com 12 anos e perdi um caderno que continha todas as poesias que escrevi até os 15 anos;
3 - Sou vegetariana há dois anos e meio, mas odeio comer alface.
4 - Falo 3 idiomas, conheço 3 países e quero conhecer muitos outros, mas não tenho a menor vontade de viajar para os EUA;
5 - Tenho uma coleção de cartões postais de cada lugar que visito e colo todos na parede do meu quarto;
6 - Gosto de pessoas tímidas, acredito que a elegância está na sutileza dos detalhes;
7 - Meu conceito de beleza feminina é o de que uma mulher não é bonita somente nas formas do corpo, mas pode fazer-se bonita de várias outras formas: na forma de falar, na forma de movimentar-se, na forma de expor e defender as suas idéias e, principalmente, na forma como trata a si mesma;

Espero que isto seja uma boa maneira de fazê-los conhecerem melhor a escafandrista. Vocês tem algo em comum com algum dos sete itens acima? 

Abraços a todos!

Selo Presente

Olá, escafandristas! 

Andei alguns dias ausente devido ao carnaval, que fui passar em Olinda, Pernambuco, Brasil. Trouxe fotos lindas e ando mais inspirada e feliz do que nunca, talvez isso renda muitas postagens ;)

Assim que voltei, corri para ver os comentários que vocês deixam sempre por aqui (ainda estou respondendo um a um, ok?) e tive a boa surpresa de o poesiaescafandrista ter sido indicado à premiação com este selo ai ao lado nesse blog aqui, pela Laura Ribeiro, e achei uma graça, já está na coluna ao lado.

Depois de receber o selo, é preciso que o blogueiro indique mais 15 pessoas para também receberem o selo, faça uma postagem comunicando o recebimento do selo (aqui está), comunique aos indicados para que eles também possam pegar o selo e que escreva uma postagem com 7 coisas referentes a si. 

Decidi indicar os amigos que estão também na coluna daqui do blog, são os blogs que para mim são os melhores!!! Abaixo vocês conferem os meus indicados e a postagem sobre as 7 coisas referentes à Escafandrista vocês verão a seguir, na próxima publicação. Bom mergulho a todos.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas..." 
Cecília Meireles
Eu mergulharia para resgatar os teus navios, Cecília, e guardaria os teus sonhos como se fossem meus.
A Escafandrista